quarta-feira, setembro 07, 2005

Uma história para aprender... ou não?

Aquilo que vou escrever de seguida serve apenas para partilhar convosco uma situação que tantas vezes acontece no historial de um investidor e que se relaciona com a questão: Quando vender para obter o maior lucro possível? Qual o momento certo para vender?
A estratégia existe e é seguida (às vezes sofre alterações)... e o objectivo é, sempre, o de obter lucro, mas mais importante ainda, de defender o capital. Assim vejamos... antes das férias decidi abrir posições na Altri a 1.18 e na Sonaecom a 2.99 pois tinha interpretado sinais de entrada nas duas acções... Com a chegada do dia da minha partida para férias por perto e com um mês pela frente para desfrutar do que bem entendesse menos de bolsa, o meu raciocínio era o de ficar 100% “cash” sem qualquer risco de perdas do capital. A Sonaecom foi uma boa aposta e começou logo a subir... a Altri nem por isso. Depois da Sonaecom ter feito valores de 3.12/3.15, recuou e ao mesmo tempo vinham notícias de futuros atentados terroristas, depois de Londres... vendi a 3.09 e não olhei mais para ela... tinha sido um negócio ganho, antes das férias. Quanto à Altri foi um pouco diferente... com o objectivo de ir “limpo” para férias, mas com ganhos claro, esperava há alguns dias pelo “salto” da cotação para que eu pudesse vender e ficar descansado. Depois de 5 dias sem grandes alterações de preço, vendi a 1.18, ao mesmo preço a que comprei... Pensei que os ganhos tinham sido obtidos, mas mais importante, que estava livre e que o capital estava protegido apesar de na minha interpretação técnica “prever” que podia vir a obter mais ganhos com as minhas duas escolhas, pois as subidas pareciam ainda não esgotadas. Mas assim, tudo tinha acabado bem. No dia 28 de Julho dou-me conta de uma grande “arrancada” da Altri até aos 1.26 e sem hesitar (alterando a minha estratégia de férias) dou ordem de compra a 1.25 e decido ficar com a Altri para férias. Nesse dia, a cotação fechou a 1.23 com mais de um milhão de acções o que era um bom sinal para a Altri, pois tinha sido mais uma forte subida. Embora interpretasse dos gráficos que ela estava num sentido “Bull” com formação de suportes e bases importantes desde a sua estreia em bolsa, passaram-se 19 dias desde a minha entrada na Altri a 1.25... e nada de grandes valorizações... andava entre os 1.27-1.29. Os indicadores utilizados por mim mostravam-me algum esgotamento e subidas... nem vê-las! No dia 23 de Agosto olhei para o gráfico (actualizado com as cotações do BOV... um Obrigado para ele!) e começava a interpretar que poderia estar para vir uma leve queda para aliviar os indicadores, embora a tendência ascendente ficasse intacta... tomei a decisão de vendê-la no dia 24 de Agosto e talvez comprá-la um pouco mais barata e aproveitar o ganho que ela me estava a dar. No dia 24 de Agosto, adiei a minha venda para o final da sessão, ao melhor, para poder aproveitar o dia de férias... depois das 16 horas dirigi-me a um “Cybercafé” no sentido de dar a minha ordem de venda. Reparei que iria vendê-la a 1.28/1.29 dependendo do fecho da sessão... esperei pelos últimos 5 minutos, comecei a abrir os emails, a ver o que andava a ser escrito no caldeirãodebolsa, a responder a emails que requeriam uma resposta urgente... e quando fui a dar a ordem de venda fui já em cima das 16.30! Para meu espanto a ordem entrou mas já não foi efectuada, pois tinha sido dada mesmo às 16.30 e fiquei sem vender; estava muito chateado comigo, pois tinha-me distraído... de seguida, cancelei a ordem dada e fui aproveitar o resto do dia... No dia seguinte, ria-me desta situação toda, ao ver a Altri a fechar nos 1.33 com mais de 1 milhão e meio de acções... passado mais um dia (sexta-feira) já fechava a 1.40, mais uma vez, com forte volume.
Hoje (30/08/2005) regressei de férias e vendi a Altri a 1.43.
Bons negócios.
EnglishMan

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